Hoje celebramos, com o coração cheio de gratidão, os 116 anos da nossa amada Igreja Batista da Liberdade. É tempo de festejar, tempo de agradecer, tempo de reconhecer que, ao longo de cada passo dessa caminhada, foi a mão do Senhor que nos sustentou e conduziu.
Vivemos dias em que a ideia de “ser igreja” muitas vezes se distancia daquilo que Deus revelou em Sua Palavra. Diante dessa realidade, temos o grande desafio de permanecermos firmes em nossos valores e na missão que o Senhor confiou a nós.
Atualmente, a experiência de igreja tem sido marcada por extremos. De um lado, o foco em sinais e milagres — prosperidade, curas, manifestações sobrenaturais — como se esses fossem os únicos sinais da presença de Deus. De outro, uma visão institucional e tecnocrática: estruturas empresariais, sedes imponentes, líderes carismáticos. Soma-se a isso a influência da cultura midiática e do mercado gospel, onde “estar” parece importar mais do que “ser”.
Mas ser Igreja — com “I” maiúsculo — em nosso tempo é justamente ir na contramão desses modismos. É ter a coragem de viver com fidelidade o que Jesus ensinou. É resgatar a beleza da simplicidade, o poder silencioso do testemunho santo, o risco de ser diferente, e a força transformadora do amor e da graça nos relacionamentos.
Quero ser parte de uma Igreja que cresce não pela busca de números, mas pela paixão por vidas verdadeiramente transformadas — libertas das trevas, curadas em Cristo, resgatadas pelo amor.
Uma Igreja para o nosso tempo é aquela que existe pelas pessoas e para as pessoas; que proclama o amor e o poder de Deus para transformar o mundo; que ministra a Graça que restaura, reconcilia e renova. Uma Igreja que, acima de tudo, deseja viver como Jesus viveu.
Parabéns, querida Liber, por 116 anos de fidelidade, serviço e vida compartilhada em Cristo!