Nesse mês, reservado à reflexão e à busca dos Dons do Espírito - Jornada de Vida Cristã Comprometida - nosso pastor continua sua linha existencial de abordagem. Derramando o seu coração, posiciona-se diante de questões intrigantes, como a vaidade, a auto-glorificação, dos que estão decididos a transformar a relação IGREJA/PÚLPITO/SERVOS em TEATRO/PALCO/ARTISTAS.
Conquanto pareça tão difícil a nós, humanos, aceitar que a obra da igreja só pode ser realizada através do poder do Espírito Santo, é isso mesmo o que a Bíblia ensina.
Contudo, ainda que as Escrituras deixem claro que todos os nossos dons vêm do "Pai das Luzes" e nos são dados para o perfeito funcionamento do Corpo de Cristo, e, por isso, claramente frustre os planos de muitos de receber honra, ainda há os que insistem em ser louvados, quais deuses, surrupiando do Senhor o que é Seu de direito e de fato. Esquecem-se de que tudo que fizermos é para que os homens "vejam... as boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus" (Mt 5.16). Confundem, pois, visibilidade, testemunho – isso que nos pertence - com glorificação, louvor - isso que pertence somente ao nosso Deus.
Desta forma, assistimos boquiabertos à manifestações que revelam, tão somente, interesses próprios, vaidades pessoais, ambições inescrupulosas, sustentadas por doutrinas estranhas à Bíblia, escancaradas em maus testemunhos de igrejas televisivas, radiofônicas e até "Internéticas", banalizadoras da fé.
Nosso Deus é sim muito tolerante, mas também é muito justo. Por isso, jamais permitirá, em todo o tempo, a prevalência do orgulho e de carnalidade, a profanarem ambientes que lhe são próprios, consagrados em Sua honra. Sem dúvida podemos esperar algum tipo de resposta divina proveniente de sua terrível justiça!
A obra e a glória pertencem ao Senhor. Mas Ele dá dons espirituais aos convertidos "com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado" – a sua igreja" (Ef 4.12). E mais adiante completa: "até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo" (Ef 4.13).
Como pastor da Liberdade, desejo dar contas a Deus, um dia, de uma igreja com saúde espiritual, na qual todos os membros tenham exercido seus ministérios sem a carnalidade da auto-glorificação. Nem a igreja é teatro para apresentações de artistas, nem o púlpito é palco para show religioso, nem nós somos atores em busca de reconhecimento humano. O posto maior a ser alcançado é o de servo! Somos "cooperadores de Deus", nem sempre os mais brilhantes, mas sempre "instrumentos" que Deus, ainda, insiste em usar.
Se a Igreja da Liberdade, verdadeiramente entender, que a glória pertence somente a Deus, então, necessariamente exercerá, na sua plenitude, os dons que o Espírito concede, absolutamente imprescindíveis ao funcionamento saudável dos ministérios, a fim de que suas atividades sejam realmente espirituais.
Busquemos, então, a vontade de Deus. Sirvamos uns aos outros, como membros do Corpo de Cristo. Glorifiquemos ao Senhor e Salvador Jesus, Cabeça desse Corpo maravilhoso!