Uma das grandes dificuldades que cristãos experimentam é a de evangelizar seus parentes – pai, mãe, filho, primo, avós, tios, sogros, etc., - intentando levá-los a uma decisão ao lado de Cristo.
Lidando permanentemente com esta questão, aprendi que não existem regras rígidas que possam ser estabelecidas como certas, para todos os casos, senão, alguns procedimentos que julgo importantes e que os relaciono nas linhas que se seguem.
Devemos estar convictos de que é Deus quem busca nossos entes queridos, por intermediação do Espírito Santo, convencendo-os do pecado, da justiça e do juízo. Jesus disse: “ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer” (Jo 6.44).
Orar pela conversão dos nossos familiares é uma questão de honra. Devemos até pedir que Deus use alguém que entre na vida de nossos parentes não convertidos. Não nos esqueçamos de que “o profeta não tem honra em sua casa”, como afirmou Jesus (Mt 13.57). Ou, como dizem alguns: “Santo de casa não faz milagres”. Além de não ser nada fácil testemunhar em casa, onde todos se relacionam com a franqueza natural da rotina familiar, também é preciso entender que há pessoas muito difíceis entre nossos parentes. Lidar com elas é penoso! Desdenham de nós, não reconhecem nossa palavra nem nossa autoridade para que lhes ministremos o plano de salvação, ou mesmo que lhes falemos do amor de Deus.
Há muitas situações nas quais, muito mais eficiente do que pregar em casa, é testemunhar, sem palavras, com o exemplo pessoal. E Deus sabe disso! NEle está “o agir”.
Não compliquemos. Há momentos em que, com feição austera, apresentamos o plano da salvação como algo tão inacessível, cheio de “nãos”, de regrinhas, que nossos parentes nem escondem que desejam tudo, menos ser crentes.
Também, não impliquemos! Em alguns lares, o ambiente torna-se uma verdadeira “babel” após a conversão de algum ente querido. Crentes há que implicam com parentes. Dizem que eles irão para o inferno após a morte, que não lançarão mais "pérolas aos porcos", e outras coisas mais. Sabemos de parentes não-salvos que, estressados por nossas inabilidades, não gostam nem da presença de algum membro da família que aceitou Jesus. Outros há que passam a idéia, em casa, de ser super-espirituais. Em outras situações, exageram quando advogam o “dar testemunho”.
Testemunhemos de Jesus, simplesmente. Demonstremos, em atitudes, a felicidade que temos de ter sido salvos por Ele. Nossos queridos se converterão, algum dia. Eles precisam ver em nossas vidas, não somente algo novo, mas principalmente algo bom. E assim , cônjuges, filhos, tios, quebrantar-se-ão aos pés de Jesus.
Mas não impliquemos, nem compliquemos. Façamos nossa parte: testemunhemos! O mais? Deus fará! Ele, que sabe lidar com as famílias, com certeza atrairá nossos parentes, por convencimento do Espírito Santo. Amém!