As Escrituras declaram terminantemente que Deus é o único proprietário de tudo. "Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela há, o mundo e os que nele habitam" (Sl.24:1). "Não se venderá a terra em perpetuidade, porque a terra é minha" (Lv. 25.23). Em Ageu 2.8 há uma substancial revelação: "Minha é a prata e meu é o ouro, diz o Senhor". Paulo diz: "Nele tudo subsiste" (Cl. 1:17).
Reconhecer que Deus tem o domínio de tudo é essencial ao senhorio de Jesus, inclusive, sobre o nosso dinheiro.
Uma realidade da qual não adianta fugir é o fato de que, surpreendentemente, das 38 parábolas de Jesus, 16 tratam da forma de lidar com o dinheiro. Jesus falou mais de como lidar com dinheiro e posses materiais, do que de outros aspectos importantíssimos à vida do crente. Há cerca de 500 versículos sobre a oração; menos de 500 sobre a fé. Há, porém, 2.050 versículos que abordam o lidar com o dinheiro e com os bens. Por que será?
Porque o Dinheiro é importante. Na maior parte das passagens sobre o assunto, o tom é grave! Em I Timóteo 6.9-10, Paulo alerta para a tentação e as ciladas do amor ao vil metal: "O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males". E esse apego compete diretamente com o Senhorio de Jesus em nós, pois "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro..." (Mt. 6:24).
Amigos, parentes, e até irmãos na fé, apregoam que nossa felicidade depende de nós mesmos, de como financiamos o padrão de vida que desejamos ter. Será? A Bíblia ensina que, para viver contentes, devemos reconhecer que Deus é o único dono de tudo.
De fato, não é fácil entregar a Deus o controle de tudo em nossa vida. Mas este é o ensino das Escrituras. Leiamos, agora mesmo, I Cr 29.11,12.
Ele é o Senhor! Ele é o dono de tudo. Se formos fiéis a Quem nos é fiel, buscando " em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça, todas as demais coisas nos serão acrescentadas" (Mt. 6:33), Jehovah-Jireh, "Deus proverá", cuidará de nosso vestir, do mantimento, de tudo!
Só Ele pode inquirir-nos com a expressão "Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro para que haja mantimento na minha casa e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas dos céus e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança" (Ml. 3:8-10).
Este tempo é de recessão, de inflação, de subida de juros para a contenção de gastos por parte da população. E isto, em todo o planeta!
A forma como estamos lidando com nosso dinheiro afeta também nossa comunhão com Deus e com Sua igreja. "Se, pois, nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?" (Lc. 16:11). A recíproca é verdadeira: se lidarmos com nosso dinheiro de maneira apropriada, segundo os princípios bíblicos, nossa comunhão com Jesus, com a família e com a igreja será fortalecida.
Cantamos sempre aquele belo hino: "Não sou meu, oh não sou meu! Bom Jesus, sou todo teu!" Que vivamos assim também, entregando tudo a Jesus, reconhecendo que nada é nosso. Meu ser, meu lar, minha família, meu dinheiro, tudo deve ser entregue nas mão do Senhor porque tudo é propriedade dEle. Amém!