Também conhecida como "sexto sentido", a intuição é uma capacidade do cérebro, privilégio das mulheres. Dos dicionários: "ato de ver", "perceber", "discernir", "pressentir". Sabedoria, arte de "distinguir", de "saber o que se deve fazer, e a virtude de fazer"
Por ser mais ligada à sensibilidade, às emoções e à subjetividade, a intuição está mais relacionada à mulher. A psicanalista Lúcia Rosemberg diz: "É atributo feminino".
A propósito do 6o Congresso Anual da MCA da LIBER, hoje, pelo que tenho o prazer de cumprimentar e felicitar todas as mulheres presentes, faço a seguir uma abordagem da intuição e da sabedoria da mulher, como ponto para o equilíbrio, sob a ótica do homem, como psicanalista e seu pastor:
Sabedoria da mulher cristã, capacidade para não permitir que suas asas pendam, mesmo exauridas, e deixem de alçar vôo para cumprir a vocação para a qual Deus a fez mulher: um viver natural psico-espiritual digno, na relação homem/mulher;
Intuição da mulher cristã, discernimento vital à compreensão e à superação dos equívocos e depreciações a que foram submetidas desde a cultura hebraica, passando pelo mundo "chamado cristão", páginas tristes de nossas heranças.
Sabedoria da mulher cristã, tão necessária à previsão dos acontecimentos, oferecendo conselhos que só ela pode dar, para por um fim à "conduta assimilada como verdade", dando lugar à vontade de Deus exarada em Sua Palavra, quando criou o homem e a mulher.
Intuição da mulher cristã, que elucida controvérsias em determinados assuntos, algo intrigante para os homens e só compreensível diante do reconhecimento da verticalidade de uma vida que vive por natureza para Deus.
Sabedoria da mulher cristã, para não aceitar o confundir feminilidade com feminismo, que via de regra, acaba por vinculá-la àquilo que ela não é (feminista), em detrimento do que realmente ela é (feminina).
Intuição da mulher cristã, que discerne o dom natural com que Deus a abençoou, de curar feridas da alma e de amar em todas as horas, algo que nem a psicologia e nem a psicanálise entendem, por causa da abstração de suas abordagens meramente racionais, muitas vezes nominando "intuição" como simples "instinto feminino".
Sabedoria da mulher cristã, cuidando para que as lutas femininas de fora, obcecadas por serem iguais ao homem, não lhes impeçam de perceber as desigualdades de sua natureza; o homem foi feito do barro, e ela foi formada de outro produto, vivo, estrutural, a costela do homem, para o cumprimento da Vontade perfeita, original e eterna de Deus. Muitas mulheres não convertidas, neste afã de serem "iguais" aos homens, "masculinizaram-se".
Sabedoria da mulher cristã, para não se sujeitar às pressões sociais dos homens que não conhecem Deus, e que por isso mesmo já feriram tanto o caráter da vocação feminina, daquela que veio ao mundo para dar sentido e beleza àquilo que já no princípio não era bom: "...que o homem esteja só".
Sabedoria da mulher cristã que, no cumprimento dos desígnios de Deus, encontra forças para "continuar juntando os pedaços" que sobram da incapacidade, felizmente cada vez menor, dos preconceitos milenares.
Sabedoria da mulher cristã para reconhecer que, conquanto cada vez mais unidas, até mesmo nas igrejas, contra o machismo veementemente reprovado por Deus, ainda são desunidas quando "competem" entre si, como se a intuição prescindisse da capacidade racional que permite enxergar os malefícios decorrentes.
Intuição da mulher cristã que sonha com o dia em que, erguendo sua voz, e alcançando o "respeito original" que lhes é devido, haverão de ser reconhecidas como "vozes que não são propriamente suas", mas de Deus.
E quando por fim este reconhecimento acontecer, toda a Criação, outrora impedida, encontrar-se-á com o espírito original de Deus quando a criou, e estabelecerá a bênção do reequilíbrio, para o bem "do todo".
Enquanto isso não acontecer, na qualidade de mulheres cristãs, continuem procurando fazer o melhor ao seu alcance, na Graça dAquele que habita em vocês, com a capacidade da intuição e da sabedoria, pontos para o equilíbrio das demais coisas.