Vendo o Novo Testamento, estou cada vez mais convicto de que os cristãos do primeiro século alimentavam e viviam sua fé em Jesus, numa cultura de pequenos grupos.
Esses grupos eram formados por poucas pessoas e havia mais flexibilidade para que acontecessem mais facilmente os ajustamentos, em matéria de ritmo, duração e freqüência. Também tinham mais mobilidade do que fazemos idéia: podiam se encontrar em quaisquer lugar, fossem em residências, fossem até mesmo no local de trabalho, facilitando a presença dos visitantes que se percebiam incluídos no ambiente de oração e de relacionamentos profundos e transparentes. Eles saiam dali, após experiências de genuína comunhão e edificação, com a sensação de terem sido aceitos do jeito como eram.
Nesta Era de impessoalidade, inclusive na comunicação cristã (parece que quanto mais polidos e profissionais, tanto mais impessoais as pessoas se tornam), o pequeno grupo enseja o encontro das pessoas, umas com as outras, num nível mais pessoal. Nada substitui a comunicação pessoal no compartilhar de um Jesus pessoal.
Os pequenos grupos promovem algo como que paradoxal: fazem a igreja multiplicar-se grandemente ao se dividir saudavelmente.
É surpreendente observar que o pequeno grupo só é eficiente enquanto for pequeno, pela facilidade de reproduzir-se, sem prejuízo de sua missão.
Uma velha-nova igreja como a Batista da Liberdade, com 99 anos de vida, com mais de 2.000 membros (sede e congregações), pode crescer com pequenos grupos? É evidente que sim. Os pequenos grupos são células da igreja organizada, estruturada, que celebra nos encontros maiores semanais, o sonho de Jesus para a Sua verdadeira igreja – ser a grande "Família de Deus", povo da Nova Aliança.