Pr. Eli Fernandes de Oliveira
O mundo, como o conhecíamos, terminou em 11 de setembro de 2001. A
ação terrorista às torres gêmeas do W. T. Center, " expôs os Estados Unidos ao
juízo de Deus", porque aquele País, de origem evangélica, "segunda terra onde mana leite e mel", no dizer de Billy Graham, dentre algumas coisas,aquiesceu em que Jesus fosse escarnecido, nos anos 90, apresentado em teatros, praticamente como homossexual, quando da apresentação da peça "Corpus Christi"; aceitou que uma estátua de
Maria, a mãe de Jesus,fosse presenteada aos moradores de Nova York, esculpida em excremento de elefante; que a máxima de "não terás outros deuses diante de mim e nem farás para ti imagens de escultura", dos Dez Mandamentos, caísse no esquecimento.
A sociedade americana, outrora conhecida como cristã, inclina-
se, cada vez mais, a um humanismo
secular que advoga não haver "nem bem
nem mal absolutos". Uma representativa parte do seu povo desapegou-se da necessidade de Jesus como Salvador - porque, se não há pecado, não existe o mal. Contudo, a História ensina que sempre que um povo prescinde de Jesus, opta por outras formas de culto e idolatria.
Passados cinco anos do atentado que derrubou as torres gêmeas, ao refletir sobre aquele "11 de setembro" e sobre a dimensão daquele fatídico episódio na vida dos americanos e, por
que não dizer, sobre todo o mundo,
enxergo pelo menos quatro deuses do
paganismo histórico, que significativa parte dos americanos escolheu adorar, em seus respectivos altares:
O primeiro, Baco, deus pagão do
vinho, que promete alegria e excitação.
Muitos americanos, antes fiéis defensores dos princípios bíblicos, fizeram-se alcoólicos. Segundo as estatísticas, milhões e milhões setão escravizados, por esse deus pagão, inclinam-se ante o altar do deus Baco.
O segundo, Mamon, deus pagão do
dinheiro. A frenética priorização do
vil metal vem liquidando vidas,
casamentos, família, amizades.
Ironicamente,os seguidores desse deus
destruidor da saúde, despendem vultosas
somas de dinheiro em tratamentos
médicos, buscando tê-la de volta. O
dinheiro foi convertido em deus, cujos
templos são Bancos com pisos de
granito, liderados por muitos abastados
e verdadeiros adoradores de Mamon.
Os terceiros, Vênus e Cupido,
deuses do amor do paganismo clássico.
Não do amor bíblico, amor de aliança, mas da conveniência sexual. Não do amor
pacto, divino, base do matrimônio, mas
da luxuria, do adultério, da fornicação. Se é verdade que um dia
aquela "segunda terra que mana leite e mel" sonhava avidamente espalhar a preciosa semente do Evangelho, hoje vê-se difusora, aos quatro cantos da terra, da mais putrefata pornografia.
O quarto, Minerva, o deus pagão da
idolatria intelectual. Sua missão
é convencer os homens a admitirem que
se bastam a si mesmos e que a sabedoria
humana é suficiente em si mesma. Não
necessitam da sabedoria de Deus.
O J. Hagee, pastor em San Antonio,
Texas, considerando o ocorrido em
11 de setembro, fez o seguinte remate: "A América, inclinada, por
décadas,ante altares pagãos, terá
agora, humilhada com a tragédia das
torres gêmeas, de voltar-se à submissão
ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó".
Prezados leitores, a realidade
evangélica brasileira,lamentavelmente,
não anda muito longe da americana. Estamos sujeitos às mesmas tendências e ventos contrários, que cerram os olhos ao compromisso radical com os propósitos de Deus para a vida
em qualidade dos homens. Uma população
de 35 milhões de evangélicos no Brasil?
E daí? Se não entendermos a teologia
da salvação como ensejadora de CONVERSÃO, e não de simples ADESÃO,
sofreremos do esfriamento da fé e da
decadência moral que sabidamente já varrem os valores sabidamente cristãos da Europa chamada protestante até as
terras norte americanas cada vez mais
distantes, infelizmente, de serem a
"segunda terra que mana leite e mel".