Assim como uma mãe consola o seu filho, também eu os consolarei; em Jerusalém vocês serão consolados”. (Is 66.13).
“Pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda amamenta, a ponto de não se compadecer do filho do seu ventre? Mas ainda que ela se esquecesse, eu não me esquecerei de ti. Eu te gravei na palma das minhas mãos”. (Is 49.15, 16 a).
É impressionante a maneira como Deus demonstra seu amor a Israel, nesses textos da profecia de Isaías. Deus se assemelha a u´a mãe amorosa que cuida de seus filhos.
É o que Ele faz com a Igreja, tomando-a nos braços e provendo-lhe toda bênção e todo bem, inclusive sua liderança. O que Ele disse a Israel, a garante: “Eu vos darei pastores segundo meu coração, que vos guiarão com conhecimento e discernimento”. (Jr 3.15 Almeida Século XXI).
E, como vimos domingo passado no culto vespertino, os pastores exercem um ministério, sob o cuidado de Deus, à semelhança do mordomo, do soldado, do atleta, do lavrador, do operário, do construtor, inclusive do pai e da mãe.
Paulo compara-se a u´a mãe (1 Ts 2.7-8; Gl 4.19).
Pois bem. Que faz o pastor, à semelhança do labor e agir maternos?
Como mãe, o Pastor alimenta com discernimento e diligência o seu rebanho, as pessoas cujo cuidado Deus lhe confiou. Sobre isso, diz Paulo aos coríntios: “O que vos dei para beber foi leite, e não alimento sólido, pois não podíeis recebê-lo, nem mesmo agora podeis”. (1Co 3.2 Almeida Século XXI).
Como mãe, o Pastor provê alimento diferenciado e balanceado para “seus filhos”.
Como mãe, o Pastor ama a todos igualmente, porém procura dedicar-se mais ao que está doente, ao que está distante, ao que está triste e desconsolado.
Como mãe, o Pastor assume a responsabilidade de instruir, orientar e educar com diligência.
Como mãe, o pastor instrui e incentiva os irmãos mais velhos a cuidarem dos mais novos, como ocorre numa família grande.
Como mãe, o pastor pega no colo o filho que chora, que adoece, que perde o apetite, ou que é afligido ou hostilizado pelos irmãos.
Como mãe, o Pastor tem brandura e carinho para com todos os filhos, sem as preferências que algumas mães do passado demonstraram, mesmo algumas das mães famosas da Bíblia.
Como mãe, o Pastor precisa saber “desmamar”, isto é, impedir sua grande dependência, e ensinar os filhos a se alimentar por si próprios e a comer alimentos mais sólidos.
Verifico que alguns pastores, inadvertidamente, mantêm os irmãos dependentes deles, em tudo, incapazes de discernir o que é reto ou justo, e de encontrar na sua própria Bíblia o pão divino para suas necessidades espirituais. E assim os irmãos têm de perguntar tudo ao pastor, e lhe pedem que mostre aqui e ali onde achar a orientação divina para seu viver diário. Agindo desse modo, os pastores transformam-se em gurus, a dirigir um grupo de meninos e meninas na fé! Não é assim. É parte do ministério pastoral levar os crentes ao amadurecimento, de modo a não serem mais crianças “levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro”. (Ef 4.14 NVI).
Como mãe, o Pastor aprende a acordar altas horas da noite para cuidar de seus filhos que choram, que têm medo da escuridão ou da tempestade.
Como mãe, o Pastor sabe que todo esse trabalho quase ninguém vê, não se torna manchete de jornais ou notícias da tv, mas Deus vê e abençoa.
Que o Senhor capacite seus pastores a serem bons pais e boas mães, a cuidar da família de Deus.