¨Jovem, alegra-te na tua mocidade, e anima teu coração nos dias da tua mocidade. Segue pelos caminhos do teu coração, e pelo desejo dos teus olhos. Porém, sabe que Deus te trará a juízo por todas essas coisas. (...) Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os dias difíceis e cheguem os anos em que dirás: Não tenho prazer neles”. Ec 11.9; 12.1 NVI
“Amo a mocidade na plenitude de sua pureza, como o firmamento na plenitude de seu azul.” Rui Barbosa.
Lembro-me dos idos de 50, do século passado, em que o mês de agosto era marcado por brilhante e efetiva participação da juventude na vida, nos cultos e atividades da igreja. Era assim em Marechal Hermes, Rio de Janeiro, por exemplo.
Na década de 60, já pastor, sentia muita alegria quando em agosto convidava os jovens a pregar e dirigir os cultos e projetos de evangelização, e preparava esses jovens para que cumprissem com galhardia as tarefas e missões a eles confiadas. O que fiz por décadas de labor pastoral. Sim. Eu creio na juventude e tenho certeza que Deus ama e quer usar os jovens da LIBER, neste tempo de desafios!
Eu creio na juventude. Entretanto, e com tristeza o digo, não posso crer em todos os jovens e de todos os lugares. Porque há muito jovem, infelizmente, comprometido com valores ou desvalores não cristãos. Milhares existem que não amam a Deus, não amam a vida, não amam sua família, não amam sua escola, não amam a igreja, não amam sua pátria.
Em que juventude realmente eu creio?
1.Eu creio na juventude que se lembra de Deus, remida por Jesus Cristo, cujos talentos e dons são colocados no altar do serviço a Deus e aos homens. Juventude que se lembra do Criador nos dias da mocidade. Que crê em Cristo e por Ele é salva, e que, à semelhança dos discípulos de Jesus, põe seus talentos e dons a serviço de Deus, da igreja e da sociedade.
2. Eu creio na juventude liberta dos vícios, da mediocridade, de um viver egocêntrico e só preocupada com o prazer e as coisas materiais e temporais. Exemplo magnífico de jovens confiáveis e fiéis encontra-se no registro de Daniel 1.8,17.
3. Eu creio na juventude que diz não à corrupção, à violência, à prostituição de seus corpos e de suas mentes, e, sim, à virtude, à honestidade, à integridade física e moral. Diz João em sua primeira epístola: “Jovens, eu vos escrevi porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e já vencestes o Maligno” (1 Jo 2.14c).
4. Eu creio na juventude que luta, com armas legítimas, na escola, no trabalho, no campo do atletismo e do desporto, nas arenas da vida. Basta lembrar Filipenses 2.13-16. Jovens assim brilharão como “luzeiros no mundo”.
5.Eu creio na juventude que crê, que espera, que ama, que almeja o bem e a construção de uma sociedade justa e fraterna. E participam dessa construção. Outra vez João deixa-nos preciosa lição (1 João 3.18; 4.4).
6.Eu creio na juventude comprometida com Jesus Cristo e Sua igreja, que compatibiliza ciência e piedade, doutrina e vida, busca do saber, ambição do ter e ideal do ser. Jesus orou pelos discípulos e ora pelos jovens de hoje: “Não rogo que os tires do mundo, mas os guardes do Maligno. Eles não são do mundo, assim como eu também não sou. Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo. Eu também os enviei ao mundo”. (João 17.15-18).
7.Eu creio na juventude que não se julga autosuficiente e não hostiliza os mais velhos, mas lhes aproveita o saber e a experiência que só o tempo confere, dispondo-se à parceria com eles na empreitada de construção de um mundo novo. Conferir, outra vez, a oração de Jesus, conforme o Evangelho (João 17.20,21). Seja assim a juventude da Igreja Batista da Liberdade!
Reflexão produzida originalmente para a juventude da PIB em São Paulo e aqui oferecida aos jovens e adolescentes da IB da LIBERDADE, em 16 de agosto de 2015.