PÁSCOA É PASSAGEM!
Os evangélicos sabem que a Festa da
Páscoa era comemorada pelos judeus
muito tempo antes da vinda de Cristo. É
uma celebração profundamente arraigada
na história dos hebreus. Páscoa, do
hebraico "Pessach", significa passagem,
e a festa, muito antiga, acontecia
durante a mudança de estação, no início
da época das colheitas. Era a passagem
para um período de abundância celebrada
com muita alegria por todos. Naquele
tempo, já era tradição comer pão ázimo,
preparado sem fermento, somente farinha
e água, o que, mais adiante, se
tornaria um dos símbolos da Páscoa
Judaica. Quando aconteceu a libertação
do povo hebreu do cativeiro do Egito,
Moisés, orientado por Deus, mudou a
motivação da festa, e a Páscoa passou a
significar, para os hebreus, a passagem
da escravidão para a liberdade, o êxodo
dos judeus do Egito e a libertação da
sua condição de escravos, com dois
momentos distintos: Chag Ha’Pessach, a
Festa do Cordeiro Pascal, e Chag
Ha’matzot, a Festa dos Pães
Ázimos. "Comereis pão sem fermento
(matzá) durante sete dias (...) pois
quem comer pão fermentado (chametz),
desde o primeiro dia até o sétimo, será
cortado da assembléia de Israel" (Êxodo
12:15).
Mônica, minha espôsa, e eu tivemos o
privilégio, há dez anos, de passar os
sete dias do Pessach, em Jerusalém.
Vimos Israel parar, completamente. Não
comiam carne naqueles dias, nenhum
alimento com fermento, que por sí só,
representa as imperfeições do ser
humano. Os judeus ensinam que a massa
se enche de ar e cresce, assim como a
vaidade vã no coração do homem, e que o
verdadeiro sentido da eliminação de
produtos fermentados na Pessach é a
purificação espiritual do coração e da
alma.
Nós não esqueceremos jamais daquela
semana em que, andando pelas ruas de
cidades de Israel, como Jerusalém,
Belém, Jericó, ou observando da janela
do hotel, testemunhamos a celebração,
todas as noites, da principal cerimônia
da Páscoa dos judeus, o Seder, banquete
em todas as residências, que reúne as
famílias em torno de sete alimento
simbólicos.
Terminado o Seder, eles se fartam com
pratos tradicionais da culinária
judaica e a vida volta à normalidade.
Irmãos, não nos esqueçamos de que, na
quinta-feira da semana da Páscoa
Judaica, celebrando a festa, um dia
antes da sua morte na cruz, Jesus
Cristo institui a Ceia do Senhor,
associando o pão e o vinho ao seu corpo
e sangue. Cristo transforma-se no
Cordeiro de Deus (em relação ao
sacrifício de ovelhas na cultura dos
hebreus), imolado, para o perdão dos
pecados da humanidade.
Como são impressionantes os planos de
Deus dentro da história da redenção e
Suas providencias para que o sacrifício
do Seu Filho Jesus acontecesse na
semana da Páscoa, para que hoje a
celebrássemos, nós também, agradecendo-
Lhe tanto a passagem dos hebreus do
Egito para a Israel, como, e muito
mais, a morte vicária e a ressurreição
de Jesus, para a passagem, de todo
aquele que nEle crê, da morte para a
vida, da perdição para a salvação.