Quem nunca esteve em apertos semelhantes aos que o rei Davi atravessou? Cercado de inimigos, ameaças, adversidades? As aflições fazem parte da vida de todo ser humano. Mas, o cristão não as vive sozinho. Ele conta com Deus nesses momentos difíceis. Aprendamos a orar quando estivermos assim, como orou o rei Davi.
"Inclina os teus ouvidos, ó Senhor, e responde-me, pois sou pobre e necessitado" (Sl 86.1). Eis mais uma súplica de Davi, outra vez individual, estruturada em invocações em duas partes (v.1,7 e v.14-17), e com um hino de gratidão entre ambas (v.8-13). Ele faz a oração que devo fazer hoje: “Senhor, guarda a vida deste teu servo, restaura o meu ânimo tão para baixo, para que eu encontre forças para continuar vivendo”. Davi está se abrindo, sem reservas, a Deus, ensinando-nos como devemos nos portar em horas semelhantes àquela de sua história. É lindo quando ele se expressa com Deus, como sendo quem ouve seus suspiros em oração, e como o dono de si mesmo: “Por ti suspiro”.
Esta é a benção de derramar diante do Senhor toda a nossa confiança, todos os nossos anelos, toda a nossa expectativa. E o salmo confere o que também devemos crer e confirmar: o Nosso Senhor está sempre pronto a perdoar o que for. Por isso Davi, neste salmo, pede, rende ações de graças e faz seus clamores (v. 6b). Responde-me (v.7b). Guia meu coração inteiro.
Aqui as ações de graças e a glorificação são intensas: “de todo o coração”. E aquela luta intensa experimenta a vitória (v. 16) reservada não só a ele, mas a todos os servos de Deus que assim oram e creem. Diga a Deus: “Senhor, esta é a minha hora, a minha oportunidade”.
Oração: Senhor, coloco-me nas tuas mãos. As aflições são insuportáveis, mas com o Senhor terei a minha vitória. Creio ser esta a minha hora, Senhor. Em nome de Jesus, amém!