A igreja, como a conhecemos, é a totalidade dos crentes, apresentada na Bíblia sob expressões variadas. É o Novo Israel, extensão e continuação da história do povo de Deus do Velho Testamento. É também o Corpo de Cristo, constituído daqueles que, unidos ao Senhor pela fé, a edificaram a partir da Graça - “até formar Cristo em nós” precisando, necessariamente, estar sujeitos a Ele, a Cabeça. É, ainda, a nova comunhão do Espírito Santo, o Espírito de amor e companheirismo, por cuja inspiração clamamos “abba Pai”, e por cuja instrumentalidade somos alimentados.
Escrevendo aqui sobre a igreja, não quero me referir a ela considerando-a em seu sentido mais amplo, universal, o Reino de Deus na totalidade dos libertos do reino das trevas do pecado e da morte para a Sua maravilhosa luz. Não! Quero me referir à igreja local, a Igreja Batista da Liberdade, que almeja ser, um dia, a sonhada Igreja de Jesus, centro vivo e ardente do Reino de Deus, testemunha de Sua presença e poder, precursora da segunda vinda de Cristo.
Por ora, nossos cultos dominicais têm sido a celebração do que essa Igreja é, nos ministérios e no mundo, durante os dias da semana. Nada mais. Santidade de apenas “um dia santo”, ou de um culto, e “no templo” é coisa do Velho Testamento, do velho Israel. A santidade que se expressa nos compromissos com o Senhor e com a igreja, é coisa a ser praticada todos os dias, e em todo e qualquer lugar. Certamente, inspirados em Jesus, quando assegurou: “Meu Pai trabalha todos os dias e eu também...”, e “meu Pai não habita em templos feitos pelas mãos humanas”, tanto Lucas deixa registrado em Atos 2.46 “e todos os dias, unidos...” , quanto Paulo fala, com eloquência, à igreja em Corinto: “Ou não sabeis vós que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita em vós?” (1 Co 3, 16,17).
Acompanhando a LIBER, com a leitura do livro 100 DIAS DE ORAÇÃO, o EXTREME IMPACT preparando-se para a campanha de julho, em Cotia, o CREIA preparando-se para uma grande ação evangelística do final de julho, o clamor impactante dos oradores de Missões Mundiais no último final de semana, só posso pensar e crer na “Igreja organismo vivo,” composta de crentes quais templos ambulantes, que cultuam “em espírito e em verdade”, que “meditam na Lei do Senhor de dia e de noite,” todos os dias, em todo lugar.
Dois mil anos já se passaram desde o nascimento de Jesus. Os tempos mudaram, as circunstâncias, também. Contudo, o caráter de organismo vivo que Jesus imprimiu à Sua igreja – “Eu edificarei a minha igreja” - de forma alguma foi acidental, senão atributo essencial. Inserida no cenário real do mundo em que vivemos, está no mundo, mas não é do mundo. Em outras palavras: se por um lado no mundo, onde abunda o pecado, por outro lado, pela presença testemunhadora e poderosa da igreja, Jesus faz superabundar a graça redentora. LIBER, sair desse padrão é perigoso! Basta desviar-se um pouco da obediência ao comando, à Cabeça. “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé”, nos reconheceremos comunidade local dos “chamados” (tradução da palavra ecclesia, igreja); no mundo, todavia em santidade de vida.
Honremos ao Senhor, único dotado ”de toda a autoridade nos céus e na terra”. Ele, Deus que se fez homem, divino que se aniquilou até à forma humana, cabeça do corpo. Nós, Sua igreja local, a LIBER, noiva de Cristo, da qual Ele exigirá as evidências da fidelidade ao noivo, como única responsável pela salvação da presente geração.