Site da Igreja Batista da Liberdade.

Abril é o mês da Educação Cristã aqui na LIBER, coincidindo com o aniversário de nossa Igreja. É também o primeiro mês do trimestre da Comunhão das 4 Estações. Nosso pastor concedeu-me o privilégio de escrever este editorial, dando ênfase à Educação Cristã, valorizando assim essa área tão importante na vida da LIBER. Ocorreu-me, então, abordar a comunhão a partir de uma visão educacional cristã.



É comum, quando encontramos alguém de bons tratos, capaz de bom relacionamento, dizer que ela é pessoa bem educada. Por conseguinte, se essas são virtudes que permitem o relacionamento saudável entre as pessoas, além de estarmos falando de valores que constroem a comunhão, estamos também dizendo que a comunhão é um item importante do currículo de Educação Cristã da Igreja de Jesus Cristo. Então, a comunhão não é inata, mas, aprendida.



Não foram poucas as vezes em que o púlpito, os meios de comunicação e os programas educacionais de nossa Igreja, como este das 4 Estações, anunciaram que a vida dos membros precisa ser caracterizada pela boa convivência, fruto do amor de Cristo derramado abundantemente em nossos corações, pelo Espírito que nos foi dado. Este, sim, foi-nos dado para que aprendêssemos a convivência em amor, na proximidade uns dos outros, evidência do discipulado: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” (Jo 13.35). Este amor se traduz na comunhão entendida como convivência sadia, respeito mútuo, em que a proximidade uns dos outros é revelada na unidade e no serviço, quando, de fato, consideramos o outro superior a nós mesmos: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos” (Fl 2.3). O egoísmo e a vaidade destroem a comunhão na igreja, doenças que precisamos extirpar. Portanto, para que de fato sejamos como Jerusalém, cujos membros “se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações...Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum” (At 2.42-44), precisamos banir a barreira da vaidade, do egoísmo, da discriminação e do preconceito, a fim de ratificar em nossa vida o que de fato precisamos ser: Corpo de Cristo, discípulos de Jesus, cuja semelhança com Ele pode ser vista em nosso ser, em nosso fazer, em nosso trato, em nossa convivência, em nosso culto.



Sim, a comunhão originalmente é obra do Espírito de Deus em cada um de nós, cujo governo instala em nós a via pela qual a comunhão transcorre livre e plenamente: a humildade, demonstrada no serviço prestado ao outro, centrado em suas carências. Sem esse ingrediente fundamental não construiremos comunhão saudável entre nós, porque afastaremos, sob motivação discriminadora e preconceituosa, a tantos quantos que, de uma forma anticristã, não apreciamos. Entre crentes não pode existir união por afinidade que nos aproxima de alguém, mas exclua outros. O amor que faz nascer a comunhão simplesmente nos impele ao semelhante.



Que Jesus nos ajude a viver a comunhão em amor, como evidência do discipulado que aprendemos no primeiro trimestre. Ele nos deixou o exemplo, não levando em conta o que éramos ou fazíamos, mas aproximou-nos d´Ele e uns dos outros, para a glória do nosso Deus.