Escrevi sobre esse assunto, no primeiro domingo do mês, e sobre o Dia Internacional da Mulher, domingo passado. Agora, retorno ao nosso tema do mês: COM-PRO-MIS-SO. Quando ouvimos orações, podemos perceber que elas revelam simplicidade ou orgulho, quebrantamento ou vaidade, coração aberto ou mero conjunto de palavras bonitas. Li uma oração proferida 250 anos atrás, por David Brainerd, missionário junto aos índios da região da Nova Inglaterra: “Deus, eu quero ser uma labareda de fogo no serviço do Senhor. Eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim. Envia-me aos confins da terra. Envia-me até a própria morte, se fizer parte do Teu plano para a promoção do Teu Reino.”
O Pr. John Piper, a quem admiro muito e escrevi um texto recomendando seu livro “Teísmo Aberto,” da Editora Vida, orou um dia, perguntando: “Senhor, permite que eu faça, para a Tua Glória, uma diferença totalmente desproporcional a quem eu sou!”
Mas, nosso maior modelo de vida e de prática da oração é Jesus: no momento mais dramático, antecedendo a cruz vicária, Jesus orou no Getsêmani: “Pai, se é possível, passa de mim este cálice. Todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”. Na cruz, banhado de sangue, Ele ora: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”.
Temos vivido agradáveis experiências no “Curso de Discipulado” do CCM. Temos conduzido pessoas a se sentirem ardendo por ser como Jesus é. E uma das coisas essenciais para isso é um novo e mais extenso tempo reservado à oração, clamando: “Senhor, não sou nada. Tu és tudo em mim. Acende em mim uma paixão por ser como o Senhor é”. E, desse intenso desejo manifesto em oração e no estudo da Palavra, resultará uma paixão que irá inflamar, fazer arder seu coração. Os dois discípulos, no caminho de Emaús, após conversarem com Jesus ressurreto, diziam um ao outro: “porventura não nos ardia o coração quando Ele, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?”.
Como são nossas orações? Devemos orar: “Deus, inflama-nos! Que nossos corações ardam à medida que, no Discipulado, vamos conhecendo quem é Jesus, como age, como reage! Senhor, queremos ser como Jesus”. Isso passa por uma nova agenda de MAIS TEMPO PARA A ORAÇÃO E PARA A LEITURA DAS ESCRITURAS. Mais tempo em orações inspiradas na Bíblia: Pai, a Tua Palavra diz...; Senhor, como ouviste Moisés...; Pai, as Escrituras dizem: “pedi e achareis....”. Assim, todos nós, mesmo os crentes membros de igreja de longa data, finalmente, começaremos a ver o que realmente somos e como estamos contribuindo para o crescimento do Reino e para a glória de Deus.