Mais uma vez, o mundo comemora, em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher, cuja origem remonta ao início da 1a. Guerra Mundial. A ideia de celebrar um dia da mulher surge nos primeiros anos do século XX, nos USA e na Europa – a partir da Rússia - “por melhores condições de vida e trabalho”. Com o tempo, perdeu parcialmente seu sentido original, somente recuperado, de alguma maneira, pelos movimentos feministas dos anos 60, adquirindo um caráter festivo e comercial. Em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres.
Faço essa citação, mas o meu foco aqui é outro. Muitas vezes, ouvimos que no mundo cristão, especialmente, no seguimento conhecido como “evangélico”, a mulher sempre foi prestigiada e reconhecida por seu valor. Bem, isto é absolutamente verdadeiro, em se tratando de Jesus Cristo, pois Ele, sim, jamais as discriminou, incluindo-as nos principais momentos do estabelecimento do cristianismo na terra (para incômodo dos judeus). Por ironia “do destino”, muito do reconhecimento do valor e do lugar das mulheres na igreja e no ministério cristão dá-se por influência do movimento feminista dos anos 60, quando poderia ter sido o contrário.
Dói-nos ouvir discursos protagonizados por pastores, mormente em algumas das denominações históricas, em julgamentos de direito em causa própria, de resultados incompletos, sem isenção e equanimidade, carecendo de embasamento profundo teológico e exegético. Paulo diz, em I Tm 1.12, que devemos sim “anunciar todo o propósito de Deus”. A história da humanidade, antes do advento do pecado, narrada em Gn 1 e 2, evidencia o propósito do Criador ao fazer o mundo perfeito e nele colocar homem e mulher. E o propósito de Deus na criação é: “criou Deus, pois, o homem à Sua imagem e semelhança; HOMEM E MULHER OS CRIOU”. E DEUS OS ABENÇOOU E DISSE AO HOMEM E À MULHER: SEDE FECUNDOS, MULTIPLICAI-VOS E ENCHEI A TERRA…”. (Gn. 1.27 e 28). O lugar concedido à mulher desde a criação é ao lado do homem, dominando com ele o mundo. Desde aquele momento, a ordem dada por Deus é para os dois. E isso fez com que Jesus dissesse: “Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio arsen e thêlu (macho e fêmea)?”. Ora, por que ignorar a conjunção aditiva na voz de Deus para homem “e” mulher? Todos os verbos do verso 28 estão no plural! Conquanto com funções diferentes, na criação há perfeita igualdade do homem e da mulher. Deus pronuncia: “tudo é bom” (vr 31).
Prevalecendo a Bíblia, daremos honra a quem honra. Por isso, obrigado, Senhor, pelas Tuas servas, as mulheres da LIBER, cooperadoras com os homens em todas as fases da vida, para um viver melhor, mais justo. Como diz Tomás de Aquino, “para adjutório do homem e das gerações”.