Parábolas são narrativas alegóricas, cujo conteúdo ilustrativo evoca uma situação real. Jesus se utilizou de muitas parábolas para encerrar a confrontação das pessoas consigo mesmas, com Deus e com os verdadeiros valores morais e espirituais. A de Lucas 15.4, a do Bom Pastor, é uma delas, na qual o Supremo Pastor dá a medida do valor que pessoas têm aos seus olhos. Contou que um pastor foi buscar suas ovelhas para acomodá-las no aprisco e, contando-as, percebeu que só havia noventa e nove. Faltava uma, a centésima. Então, foi buscá-la e, achando-a, proveu-lhe o resgate, encheu-se de júbilo juntamente com as outras pessoas.
A primeira verdade dessa parábola: embora a ovelhinha, se afastando do rebanho, tenha se perdido, ainda assim mantém-se querida. Por isso, o pastor deixou as noventa e nove acomodadas no aprisco e saiu à procura da centésima. Por que agiu assim? Porque a ovelha é frágil, indefesa, carente de proteção. Dentre todos os animais, o mais míope. Seu lugar é junto das outras e de seu pastor. O mundo lá fora é vil, cruel, predador. Nós somos a igreja do Supremo Pastor, feitos para viver em rebanho. Por isso, escrevamos os nomes de quem sabemos esteja longe do Senhor, oremos, chamemos ao telefone, marquemos um encontro! Ninguém pode ser feliz fora da convivência da Família de Deus.
Ainda vejo Jesus ensinar que, embora aquela ovelhinha haja se afastado e se perdido do rebanho, o pastor em nenhum momento desistiu dela. Poderia ter deixado assim! Até poderia! Quem sabe se tratasse de uma ovelha rebelde, causadora de problemas! Porém, o que aprendemos é que todo o cuidado dos pastores, acordados nas vigias das noites, dava-se para que ovelhas aprendessem que a vida fora do aprisco é risco, perigosa, e, por vezes, duramente solitária. Poderia ter deixado assim, afinal, qual o problema? Já dispunha de noventa e nove! Uma a mais, uma a menos, que diferença faria? O pastor não desistiu: voltou ao campo de onde chegara e buscou-a,como se tivesse apenas uma ovelha, aquela.
Neste momento do estudo das estações do ano, e da vida, entendamos: é tempo de buscar com todo amor quem se perdeu. É tempo de expressar amor e disposição em trazê-la de volta, nos braços, com sinceridade.
Os cultos em nossa igreja devem ser um pedacinho dos céus! De festa, de perdão, de reconciliação, de restauração, de recomeço.
Essa é a lição que nos acompanhará pelos cultos de fevereiro: É bom e cômodo estar no aprisco que chamamos LIBER! Mas, e as centésimas ovelhas? Onde estarão? Saiamos da nossa zona de conforto, dirijamo-nos aos que, n’algum dia, já tenham estado conosco. Oremos por essas ovelhas, e coloquemo-nos à disposição para buscá-las, como quem diz: “só vou parar quando as encontrar, as sarar e as reintegrar à Família de Deus!