Entende-se por um ano o intervalo de tempo que o planeta Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol, ou seja, 365 dias. O ano 2012 terá 366 dias, sendo um ano bissexto. Bissexto porque composto de dois algarismos “6”, juntos. Nosso Deus sábio e maravilhoso criou e nos deu esse grande relógio solar. Com ele, podemos, de certa maneira, nos dar conta do passar do tempo. Se não houvesse manhãs, nem tardes e noites, nem verão, nem inverno, ninguém perceberia o tempo que corre implacável. E como corre! Nossos relógios, de pulso, de parede, despertadores na cabeceira das camas, servem para nos lembrar de cumprir nossos deveres. Quão perdidos e distraídos seríamos, não fosse o relógio, acusando os momentos certos para darmos conta das tarefas. Às vezes, acordo com o jingle matinal da rádio Jovem Pan: “Vamos embora, vamos embora, olha a hora, vamos embora, vamos embora”. Mais uma noite se foi, e um novo dia amanhece. Nada pára, tudo passa. Nossos dias são muito curtos! E as tarefas a cumprir, como diz o goiano, são “demais da conta”!
Deus fez o relógio solar. A campainha do despertador do Universo está tocando, avisando que chegou um novo ano. Orando, ontem à noite, agradecendo a Deus o ano que se foi e consagrando-Lhe o ano que chega, pudemos ouvir a solene advertência do Evangelho: “Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará” (Ef 5.14). Os irmãos e amigos presentes no Culto de Vigília fizeram resoluções, e hoje, aqui, conclamo-os a que não se esqueçam delas, pois, como sempre, tudo passará “como um conto ligeiro”, como advertia Tiago. Supliquemos renovo das forças ao Senhor, a fim de que não haja quem menospreze o valor do tempo das novas oportunidades, que rapidamente irá se consumir, sem retorno. A única parábola de Jesus que menciona a palavra “ano”, “anos”, e que tem muito a ver com o que Deus quer que aprendamos do curso da vida é a parábola da figueira estéril. Ela nos ensina, em Lc13:
1) Que nossa vida pertence a Deus. Não afastemos o Senhor de nossos pensamentos
e atos. Temos de reconhecer que Ele é o proprietário, de direito, (comprou-nos com seu precioso sangue) de nossa vida, como fazem os seres celestiais de Ap. 4.11. “A Ele, toda a glória, a honra e o poder".
2) Que nossa vida é incerta. Se somos propriedade de Deus, as decisões quanto à nossa vida são dEle. Falando sobre a figueira estéril, Jesus diz: ”corta-la-ás” O que Deus está dizendo de nós, hoje? Que Ele jamais tenha de tomar igual resolução, motivado pela dureza de nossos corações ou por nossa esterilidade espiritual!
3) Que a paciência de Deus tem limite. Cada pessoa é única, singular e especial para Deus. Ele julga segundo Sua infinita justiça e sabedoria. Peçamos perdão ao Senhor pelas negligências, pecado, indiferença para com os dons que nos foram dados. Nada é imperdoável para Ele, senão o pecado contra o Espírito Santo. Suas misericórdias são a causa de não sermos consumidos.
4) Que Deus merece o melhor dos frutos que podemos dar. Não se trata de fanatismo, como alguns entendem, a manifestação da santidade e dos frutos. Os que não se dão ao Senhor e à Sua igreja, por medo de se tornarem fanáticos, acabam, via de regra, abandonando o primeiro amor, esfriando na fé. Dê seu melhor para Jesus!
5) Que é Deus quem nos dá um ano a mais, a título de uma nova chance, pura misericórdia do Autor da vida. “Deixe-a (a figueira) este ano ainda” – v.8.
2012 é mais um ano que nos é dado! 366 dias a mais, como uma fração de nossa vida, contudo, muito importante. Não estaremos sozinhos! O dono da vinha é Deus fiel, conosco, dispensando-nos toda a sorte de favores espirituais. Repreendamos toda a dureza de coração ou negligência. Disponhamo-nos a corresponder a essa Graça que ainda nos acolhe e nos dá mais um ano. Feliz Ano Novo!