Faço tudo isso por causa do Evangelho, para também ser participante dele” (I Co 9.23).
Tive a oportunidade de visitar Corinto duas vezes. Cidade antiga, já habitada por dois milênios antes do nascimento de Jesus. A Corinto referida no Novo Testamento foi totalmente destruída em 1858, por forte terremoto. Quando empreendeu sua segunda viagem missionária, entre os anos 50 e 52 d.C., conforme registros que se encontram em Atos 18.1-18, o apóstolo Paulo fundou a Igreja de Corinto. Naquela oportunidade, uma minoria de aristocratas corruptos dominava um imenso número de escravos. Podemos, pois, entender melhor o ambiente e o nível de problemas que Paulo teve de enfrentar para realizar a obra missionária, estabelecer a Igreja e vê-la crescer difundindo e adensando os valores de Cristo.
A visão expansionista de Paulo demandou da autêntica conversão a Jesus e de um extremo compromisso cristão para com o resgate integral do homem, interpretada a partir do anúncio às pessoas do caminho da salvação. Missionário fundador de igrejas e cuidador delas, não as deixou ao léu após fundá-las e partir. Enquanto empreendia suas viagens missionárias, tantas vezes perseguido, preso, continuava escrevendo suas epístolas, doutrinando, orientando, apoiando os novos convertidos. Para a Igreja de Corinto, escreveu algumas cartas, duas das quais preservadas no Cânon do Novo Testamento, remetidas no mesmo ano, 56 a.D., a primeira, de Éfeso, e a segunda, quando estava na Macedônia. Missões não prescinde do acompanhamento, do discipulado, do “pós-conversão”.
Observa-se, em tudo isso, um grande, sério e santo compromisso de Paulo com a propagação da palavra da cruz, ao ponto de ofertar toda sua vida para o serviço da incumbência expansionista de levar o Evangelho “até os confins da terra” conhecida de então.
Aqui estamos nós, hoje, dois mil anos depois, usufruindo da bênção da salvação outorgada aos gentios por nosso Deus, graças à obediência, denodo e coragem de Paulo, que atendeu ao mandado, o “Ide... e pregai o evangelho”. É sobre nós, agora, que pesa esta grande responsabilidade! Somos os continuadores daquela obra maravilhosa de evangelismo e missões iniciada por Jesus e da qual Paulo se tornou o grande missionário para os gentios. Nosso Mestre espera que cumpramos nosso dever! Não podemos deixar de atender a ordem d’Aquele que deu sua vida em resgate daqueles que n’Ele creem, cuja fé salvadora é apregoada em nossa mensagem, pois, “Como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?” (Rm 10.14-15). Vamos, pois, obedecer, Igreja Batista da Liberdade, indo, orando, contribuindo!
A salvação do mundo também está nas mãos do povo da Liberdade!