Hora de relembrar: Deus, vendo que o homem estava só, fez-lhe uma companheira. O simbolismo que envolve essa narrativa bíblica, conquanto velho, continua lindo e profundo. A mulher não foi feita a partir de um osso da cabeça de Adão, para que comandasse o homem. Também não foi formada de um osso do pé, para que fosse pisada. Foi feita de uma costela , pertinho do coração dele, para que lhe fosse igual e amada.
Daí surgiu o casamento. Casados, são “dois” numa só carne, como a moeda é uma, sem nunca deixar de ter dois lados. Cara e coroa incluem-se na mesma peça de níquel. Nunca houve um casal tipo “almas gêmeas”, todavia são cônjuges um do outro, isto é, ambos igualmente sob o mesmo jugo.
Alguém diria: Não vamos ao jantar do Dia dos Namorados da LIBER porque não formamos um “par” perfeito! Porém, apontem-nos um casamento perfeito! Não existe, e a razão é simples. Não há homens e/ou mulheres perfeitos! Esposo e esposa devem aperfeiçoar, sim, seus casamentos, na medida em que aprendem o segredo infalível da renúncia das posturas egocentristas dos relacionamentos desenvolvidos sob paixão cega! Pessoas que se casam por amor importam-se mais com a felicidade do outro do que com a própria. O cônjuge egoísta vai sempre procurar suprir suas próprias carências; o cônjuge que ama buscará primeiro inteirar-se das necessidades do outro para supri-las. O egoísta quer que o amado tenha o comportamento que o agrade; quem ama aceita seu amado como ele é, e procura corrigir seus próprios defeitos, de maneira a fazer o cônjuge feliz.
Preparando-nos para o jantar do Dia dos Namorados, reafirmemos, juntos, a aliança que fizemos no altar, dizendo um sonoro “NÃO” ao tempo de parvoíces, aparências e acendrado individualismo dentro do casamento, e digamos “SIM” ao amor por nosso cônjuge, por quem queremos ser amados. Sejamos protagonistas de relacionamentos saudáveis, não enfermos, frutíferos, não supérfluos, prazerosos, não desagradáveis, com o companheiro que Deus nos deu para convivermos, da juventude à velhice.