Um ponto de vista falso da ética cristã. A teologia da libertação está alicerçada em um humanismo de inspiração ateísta, isto é, expressas-se quase que exclusivamente em termos humanos. Quem contesta, no uso da razão, a legitimidade dos "direitos humanos", hoje? No entanto, por ausência de uma sólida e constante base bíblica o calor concernente aos direitos humanos na teologia da libertação passou a ser exagerado. Não há nele contextualização bíblica nem uma ética cristã. A ênfase da Bíblia não está posta nos direitos humanos e sim, nos direitos de Deus sobre os homens e na responsabilidade do homem para com Deus e para com outros homens. Ao contrário de uma abordagem ligada aos "meus" direitos pessoais, exceto por inferência lógica, os Dez mandamentos tratam de nossos deveres para com Deus e para com o próximo. Em outras palavras Deus está em primeiro lugar, em seguida, os nossos semelhantes e "eu" estou em terceiro lugar. Passa, então, por esta ordem das coisas, o caminho bíblico da solução dos problemas sociais. O que tem produzido a ética da teologia da libertação? A centralização de sua ênfase sobre "meus" direitos.
Cremos que o abandono do dever do homem para com Deus somente aumentou a decadência religiosa e moral, terminando em um tipo de escravidão. A ênfase exagerada no horizontalismo, não só acentua uma distanciamento, cada vez maior de Deus e das soluções dEle apontadas em sua palavra, como exalta o orgulho e o egoísmo do homem, achando-se plenamente capaz de encontrar suas próprias experiências a solução para inquietações como a o conflito das classes. Em matéria de direitos humanos e dignidade, a imagem de Deus no homem deverá ser a base de toda e qualquer consideração.
A teologia cristã tem mensagem evangélica. Evangelho e boas novas de salvação e vida eterna. É mensagem para crer e proclamar. É também uma vida para ser demonstrada em um verdadeiro serviço cristão por causa da graça e da misericórdia de Cristo que, por tanto amar o homem, morreu por ele na cruz. Só há prática cristã em "mensagem" cristã, porque cristianismo é "vida" com base no evangelho. E a comunicação do Novo Testamento, é resposta não só às necessidades físicas e materiais ao homem pleno.
Cremos absolutamente, na responsabilidade social do cristão: "amarás a teu próximo como a ti mesmo"; "... me deste de comer, me deste de vestir..." São ensinamento de Jesus Cristo, que padeceu injustiças mais que ninguém. A Bíblia diz que Deus, nem mesmo a seu próprio filho poupou "Antes o entregou por todos nós; como não nos dará também com ele todas as coisas?"
Deus ama o homem e isto é válido para sempre. Aqui está o amor que faz o cristão "mais que vencedor". Aquele que resolve dar .meia volta. em sua vida e levar Deus a sério, vai descobrir que, mesmo pesada a carga quando uma sombra parece cair sobre a senda da sua caminhada, nunca será desamparado, abandonado, arruinado. Nosso Deus é guardador, protetor, amigo e fiel. O salmista declara: "provai e vede que o Senhor é bom feliz o homem que nele confia".