Por mais que pareça ser a ELEIÇÃO uma doutrina difícil (e o é) de ser entendida, aceita e proclamada – porque, num exame acurado da Bíblia não fica claro ter sido do agrado do Espírito Santo ordená-la, sistematizá-la numa espécie de exposição teológica ou filosófica – não a podemos ignorar. A grande verdade da ELEIÇÃO aponta tão-somente para um certo tempo de Deus, antes mesmo da criação de todas as coisas. Ela precede a criação, o pecado original e a consequente queda do homem. Entendê-la, naquilo que nos é possível, representa também compreender o que se caracterizou como a primeira promessa messiânica de Gn 3.15 e o seu advento no Tempo de Deus (kairós), a proclamação do Evangelho e tudo o mais vinculado à fé cristã.
Bendita Teologia da ELEIÇÃO, fonte de todas as bênçãos que recebemos pelos méritos de Cristo Jesus. Em Ef 1.3-4, Paulo faz uma gloriosa e maravilhosa declaração que vem do âmago de sua teologia: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo. Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele, em amor".
O sermão desta manhã, alude ao que o Espírito Santo quis dizer quando inspirou Paulo a escrever "o qual nos abençoou com todas as bênçãos celestiais". Para isso "(Deus) nos elegeu, Nele", isto é, não a partir da criação, mas antes, desde a eternidade, antes mesmo que o mundo fosse formado. É impressionante! É bíblico, e a Escola Bíblica Dinâmica tem a responsabilidade de abrir a Bíblia, o Ministro de Educação Cristã, professores e alunos, para estudar essa Teologia. E a Bíblia, como revelação do misericordioso propósito de Deus para com o pecador, foi inspirada por Ele, o Pai. A declaração de Paulo é categórica: "(Deus) nos elegeu antes da fundação do mundo". Como encarar isso, senão, segundo Lloyd Jones, um dos pais do puritanismo, pregando na Capela de Westminster, Londres: De duas uma: ou "Deus nos escolheu segundo o beneplácito de Sua vontade, apesar de nós", ou "Deus nos escolheu porque previu que exerceríamos a fé". Eu creio que, quando aprendemos a abrir mão de certas postura equivocadas, porque dogmatizadas, aí sim poderemos finalmente enxergar com mais clareza, através das palavras de Paulo, como diante da Teologia da ELEIÇÃO nós podemos nos tornamos cristãos felizes, que verdadadeiramente desfrutam das bênçãos celestiais, que se por um lado não determina, como teologia, nossa salvação, apresenta-se importantíssima, porque revela a Onipresença, a Onipotência, a Onisciência, enfim, tudo o que conhecemos como Soberania de Deus e a essência de Sua Graça!
Aprendamos a agradecer a Deus a bênção da Teologia da ELEIÇÃO. Se dependesse de mim ou de você, jamais teria havido salvação! O homem não pode se salvar a sí mesmo!
Conforme a Bíblia diz, "Todos pecaram..."! Mas, aleluia, somos o que somos, tão somente pelo caráter volitivo de Deus.
Eleição? É Graça pura!