Como eram os cultos dos Batistas nos primórdios? Como transcorria a sua liturgia? Como era a sua pragmática? Há um interessante artigo entitulado "Baptist Beginnings", de Leon McBeth, que nos dá excelentes informações a esse respeito. Vamos disponibilizá-lo no site da LIBER, no original e traduzido. Nesse artigo, podemos observar que o estilo batista de culto mudou muito, desde 1609.
"Os cultos dos primeiros batistas eram bem longos, às vezes com vários sermões. Nos primeiros tempos, não havia música ou canto. O registro mais antigo de um culto batista é de 1609, e consta de uma carta de Hughe e Anne Bromhead, que diz:
A ordem do culto e do governo de nossa igreja é o seguinte:
Nós começamos com uma oração. Depois lemos um ou dois capítulos da Bíblia e conferimos o mesmo. Isto feito, guardamos nossos livros e, depois de uma oração solene feita por um orador, ele propõe algum texto da própria Escritura e prega sobre o mesmo, pelo espaço de uma hora ou três quartos de uma hora".
"O culto da manhã" – conclui a carta dos Bromhead – "começa às oito horas e continua até o meio dia. A mesma prática é observada à tarde, das 14 às 17h, ou até as 18h".
O primitivo culto batista era comprido e constituído basicamente de exposição bíblica. Não havia cânticos. Os batistas davam grande valor à espontaneidade e à participação do auditório.
Por volta de 1670, algumas igrejas batistas cantavam os Salmos e cânticos compostos pelos crentes. Isto gerou muitas controvérsias e não poucas igrejas dividiram-se por causa da "polêmica dos cânticos". Benjamin Keach, pastor em Londres, fazia sua Igreja cantar um hino após a Ceia do Senhor; logo depois, a Igreja passou a cantar durante os cultos regulares. Em 1691, Keach publicou o primeiro hinário batista ("Spiritual Melody"), uma coletânea de mais de 300 hinos.