Fiquei chocado quando ouvi uma música intitulada "A arte do insulto". Em certo trecho, eis o que diz a letra: "Nada mal pra uma boçal, retardada mental, infeliz... proeminentemente panaca. Enquanto você fica aí arrumando tumulto, eu vou me aprimorando na arte do insulto".
Os estudiosos da conduta ética e moral da humanidade têm observado que, ao longo dos anos, vai irrompendo a cultura da quebra dos fundamentos do bom trato nos relacionamentos entre os cônjuges, pais e filhos, professores e alunos, chefes e subalternos, prevalecendo a falta de educação e o desrespeito. "Incontinência verbal" é a expressão que começa a ser usada para o fenômeno do palavreado tagarela-áspero-irresponsável, causador de danos por vezes irreparáveis.
Com o quadro de referência interno minado por complexos, traumas da infância não resolvidos, o ser humano tem dificuldade para assumir suas próprias limitações. Comporta-se transferindo sempre o problema para o outro, o que evidencia infração de padrões elementares de urbanidade objetivando humilhar, arrasar alguém, reduzir casamentos e amizades a um mero universo de opostos, de competição.
Respeito é valor fundamental no relacionamento social. É o mais básico de todos os valores. Relacionamentos saudáveis emanam de parcerias, como acontece no casamento.
Precisamos de um encontro com Cristo. Isso significa encontrar o amor, a libertação do egoísmo, da chantagem, e ser promotor da harmonia, de atos que colocam o ser amado num pedestal. Quem ama respeita o objeto do seu amor. E quem respeita divide e se divide a bem do amado, vive para a felicidade, para o outro. Quem planta respeito, colhe respeito.
Dure o quanto durar, certamente as boas maneiras passarão a fazer parte do dia a dia, na conservação dos relacionamentos significativos, atribuindo-lhes o valor de "presentes e privilégios" concedidos por Deus para a construção de um mundo melhor.